Transplante de Córnea

Home/Cirurgias/Transplante de Córnea

A Cirurgia

O Transplante de Córnea é o transplante de órgãos mais realizado no mundo e também o de maior sucesso. É uma cirurgia que consiste em substituir uma porção da córnea (doente) de um paciente por uma córnea saudável, a fim de melhorar a visão (finalidade óptica) ou corrigir perfurações oculares (transplante tectônico).

Orientações

O Transplante de Córnea está indicado para algumas doenças da córnea, entre elas:
a) Ceratocone (doença que altera a curvatura corneana, podendo causar opacidades na córnea);

  1. b) Degeneração marginal pelúcida (doença parecida com o Ceratocone e que também altera a curvatura da córnea);
    c) Ceratoglobo (formato alterado da córnea, associado com afinamento da mesma);
    d) Distrofias corneanas (alterações bilaterais, progressivas que costumam provocar opacidades corneanas), dentre elas podemos citar a mais comum: Distrofia de Fuchs;
    e) Ceratopatia Bolhosa (descompensação da córnea, com presença de uma córnea com gutata, edema e diminuição da visão, devido à falência do endotélio da córnea);
    f) Córnea guttata e Distrofia de Fuchs (descompensação corneana que pode progredir para ceratopatia bolhosa);
    g) Infecções corneanas graves;
    h) Leucomas (opacidades corneanas que podem ser originadas por diversas causas, como traumatismos, queimaduras químicas, infecções por herpes e distrofias corneanas, por exemplo);
    i) Perfurações oculares.

 

A sensação de dor no pós operatório varia de pessoa para pessoa. Tipicamente, há pouca ou nenhuma dor. Quando presente, geralmente, é leve e dura alguns dias, sendo aliviada por analgésicos comuns.

São permitidas atividades normais como escovar os dentes, tomar banho, caminhar, ler e assistir televisão. Atividades físicas mais intensas podem ser retomadas depois de umas semanas. Deve-se evitar apertar ou esfregar o olho.

 

A visão melhora gradualmente e torna-se útil dentro de alguns meses. Colírios de corticóide e antibióticos são instilados nos dias após a cirurgia, para prevenir a rejeição e infecção da nova córnea.

 
Como em todo transplante de órgão há risco de rejeição. Mas no caso da córnea essa rejeição não representa risco iminente de vida como no transplante de coração ou de rim por exemplo. Muitas vezes é possível controlar essa rejeição com colírios e tratamento sistêmico.

 
Como a córnea não tem suprimento de sangue, não há necessidade de realizar exames específicos de compatibilidade como HLA ou grupo sanguineo ABO.

 

A lista de espera é uma lista única (para uma região ou Estado), a fim de promover uma justa facilidade de acesso ao transplante para todos os pacientes, independente de condições econômicas, evitando favorecimentos. Esta lista funciona respeitando uma ordem cronológica de ingresso (quem entra antes, será atendido primeiro do que quem entra depois).

1